Por que fiz isso comigo? Por que pintei meu dia com mais tinta branca do branco vazio que ele já era? Eu não fiz nada hoje, apenas deixei meu tempo se esgotar como se tivesse tanto tempo para desperdiçar. Eu não fiz absolutamente nada hoje, fiquei ali no canto das coisas, estático, entre dormir e acordar, olhar a janela, escutar o som dos poucos automóveis na rua e ir até a geladeira, no máximo de meu esforço físico... Eu não fiz droga alguma hoje! Deveria ser preso por esse crime. Desperdiçar vida deveria ser inafiançável neste sistema solar, sobretudo neste planeta... no dia de domingo.
Vocês sabiam que o dia de domingo não possui qualquer significado para a natureza? Todos os animais e plantas continuam suas rotinas de sobrevivência cheias de significado, repletas de evolução.
Minha espécie evoluiu para o dia de domingo?! Não, o correto é meus antepassados mais recentes, porque ameríndios e tantos outros povos de caçadores-coletores não possuem um dia tão inútil e vazio em suas vidas. Domingo é uma conseqüência, o produto final de nossa evolução cultural. Deveríamos estar todos muito felizes por termos 24 horas vazias formando nosso dia mais branco de cada semana, mas não estamos, por quê?
Algumas pessoas não entendem a necessidade existencial de procurar respostas sobre o que somos e de onde vimos. Outras se satisfazem com a primeira resposta, ou livro que lêem. Eu digo a você meu amigo, uma pesquisa modesta entre livros de divulgação científica, ou um passeio com os olhos pelos artigos científicos disponíveis na internet sempre te levarão à África, nossa terra natal, lar de nossos ancestrais. Se existiu um paraíso para a primeira população humana, foi lá naquelas savanas de campos abertos e grandes árvores esparsas.
Antes de nós, nossos irmãos em cladogênese já possuíam uma vida social de estrutura complexa. Nós e todos os outros primatas, em nossos grupos sociais, vivemos uns com os outros, amando, odiando, sorrindo, chorando. Para nós primatas, não há vida na solidão. Esta é sempre melancólica, sempre nos deixa em estado de depressão, mesmo os misantropos lá no silêncio de seus mundos particulares, com motivos de sobra para guardar suas mágoas de amores passados.
Solidão é o sentimento que descreve bem um dia vazio e branco:
Onde estão as coisas aqui no branco deste dia? Do que vale o carro de luxo, o relógio mais caro, o jeans da moda, o sabonete perfumado e feito artesanalmente só para você? O que isso melhora sua vida em um dia vazio e branco?
Sartre escreveu certa vez: “o inferno são os outros”. Entretanto, o paraíso também é!!! Precisamos de outras pessoas para sermos felizes.
Precisamos de pessoas ao nosso lado e não coisas!!!
É algo hoje estabelecido pela ciência, ou você não ouviu falar nas novas fórmulas de uma vida saudável: resolver tudo em seu bairro (compras, lazer e identidade social). O problema é que isso esteja bem longe da realidade e apenas grupos da “classe média alta” costumam defender essa idéia ao edificarem seus condomínios de luxo privados. Já os mais ricos têm como extremo representado pelo Principado de Mônaco, um mini-país feito apenas para milionários, construído para simular uma vida tribal de abastados contemporâneos.
Há quem até defenda o abandono total desse modo de vida que temos para um retorno às sociedades de pequenos agricultores, ou mesmo caçadores-coletores. Quem possui essa felicidade natural deve ser defendido de nós, seres culturais tecnológicos, produtos da última revolução cultural da solidão e exploração das pessoas mais fracas. Isso é bem representado na música em homenagem ao Timor Leste por Morten Harket (vocalista da banda norueguesa A-ha):
Sandalwood trees are evergreen Árvores de sândalo são sempre verdes Cut them down Cortem-nas Plant coffee beans Plantem grãos de café Build no schools Não construam nenhuma escola Construct no roads Não construam nenhuma estrada Mark them as fools Marquem eles como tolos Let ignorance rule Deixem a ignorância governar Leave them stranded on their island Deixem eles em sua ilha Treat them to the tune of silence Tratem eles ao tom delicado do silêncio Red is the cross that covers out shame Vermelha é a cruz que cobre nossa vergonha Every Kingdom, every land Cada reino, cada terra Has it's heart in the common man Tem seu coração no humano comum Silently the tide shifts the sand Em silêncio, a maré desloca a areia
Estranho como algumas histórias religiosas refletem nossa realidade. O livro sagrado de todos os cristãos está correto: nós perdemos nosso paraíso!!! Pela ciência, pela glória do capitalismo, pela fantasia de marketing das coisas que somos compelidos a consumir, ou até mesmo viver por elas.
Hoje é domingo, o dia mais branco e mais vazio de todos. Tento escutar o meu CD favorito, o filme mais marcante, ler o romance mais emotivo... tudo para entreter minha mente. Entretenimento de massas é um dos negócios mais lucrativos. Nós evoluímos ao redor de fogueiras, onde os mais velhos contavam histórias fantásticas para todos.
Nós precisamos de histórias para viver.
Também dançávamos e cantávamos a todos os pulmões pela alegria de uma boa safra, ou mesmo em luto pelos nossos entes mais queridos. Até para ir à guerra, quando era inevitável, nós cantávamos todos de mãos dadas, uns com os outros.
Hoje tudo está gravado em linguagem binária de computadores. Bytes, mega, giga, tera, yottabytes do que fomos, o que sobrou de nós mesmos no significado mais profundo das coisas.
Os sóis são indiferentes a nossa existência, todo o universo não está nem aí para nossa dor e finitude. Nós só temos uns aos outros e isso inclui todas as outras formas de vida deste planeta.
Nós somos tão efêmeros, animais tão frágeis como mostra toda a psicologia básica de alguém com orgulho exagerado. A soberba e auto-afirmação das pessoas esnobes, na verdade refletem um complexo de inferioridade agudo. Liderança e qualquer outro papel social são dados pela escolha da maioria, como bem fazem nossos irmãos chimpanzés. Construir isso artificialmente está no âmago de nosso mundo de ilusões e solidão contemporâneas.
Domingo um dia clássico de depressão no mundo ocidental moderno. Ouço o barulho das risadas e choro de meus filhos pela casa. Um dia eles vão partir, assim como eu fiz anteriormente. Meus domingos ficarão mais vazios no futuro e esse vazio poderá se alastrar para os dias da semana em minha aposentadoria. O maior inferno de todos é ter dias brancos espalhados por toda semana.
Não há coisa que se possa comprar com dinheiro capaz de preencher e entreter para esquecer esse vazio.
Pelo menos nos resta a arte, que seus dias brancos sejam como aqueles cantados por Geraldo Azevedo:
Só não esqueça que na música há um clamor por outra pessoa, um amor de paixão, ou um amor de sua família. Mesmo se sua casa for enorme e abarrotada de coisas, mesmo as mais caras possíveis, se não houver alguém nela que te ame... Tudo isso será um nada, vazio e absoluto.
Em um dia branco precisamos de pessoas ao nosso lado. As coisas que possuímos precisam estar mergulhadas nesse significado!
Como vimos no post anterior, coisas são necessárias para nossa sobrevivência. Associado a isso existe as campanhas publicitárias que decorrem de estudos científicos sobre como usar nosso comportamento humano instintivo e social para promover ilusões de necessidades.
Há um lado bom nisso. Algumas marcas de fantasia se misturam com suas próprias empresas/ indústrias e nos trazem a sensação de segurança na qualidade de seus produtos. Entretanto, quem não ficou surpreso quando soube da adulteração do leite de marca famosa com adicionamento de soda cáustica?! Acho melhor acreditar que devemos ter órgãos de fiscalização eficazes para nossa proteção contra a fraude das coisas. Afinal, adulterar alimentos e remédios deveria ser crime semelhantes à tentativa de assassinato.
Escrevi sobre os extremos de hoje, porque ouro em comida acho insulto demais. Por outro lado, há uma outra categoria de coisas que não está ligada diretamente à nossa sobrevivência. Elas identificam status e estão ligadas aos padrões de beleza culturais variáveis (a “moda”). Em outras palavras, tudo o que nos dá bem estar deve ser levado a sério para termos uma boa saúde. Entretanto, adoecer de raiva por não comprar aquele jeans famoso, ou até matar para conseguir um “tênis de marca” é aqui o tema deste post.
Antes de prosseguir esclareço o seguinte: compomos uma única espécie (Homo sapiens), somos todos humanos, mas cada um por sua vez possui individualidade e diferenças de aptidão. Mais ainda, não tiremos da mente que somos animais sociais e vivemos em estruturas baseadas em hierarquias. Isso é um determinante genético, mas moldado por efeitos epigenéticos da própria estrutura social de nossos grupos. Ou seja, nem nós, nem os chimpanzés temos um sistema de castas fixo e fatalista. Chimpanzés literalmente elegem seus líderes e caso esses mesmos líderes se tornem tirânicos, a mesma maioria que os elegeu irá depô-los. Nesse contexto, leituras como o livro “Eu, primata” (Frans de Waal, 2007. Companhia das Letras) deveriam ser obrigatórias para qualquer pessoa que ocupe uma posição de liderança.
Entre os chimpanzés, ocupar a função alfa em um grupo requer toda uma conjuntura de comportamentos e situações. Em humanos isso vai aos extremos, porque somos animais de cognição subjetiva exacerbada (outros escreveriam “complexa”). Nesse contexto, todas as culturas na história humana apresentaram coisas dotadas de símbolos de representação subjetiva para status e poder das posições na hierarquia do grupo. Colares, brincos, peles, pinturas corporais sempre foram usados como sinais de identificação social e beleza em homens e mulheres.
Identificar-se através de utensílios simbólicos como um dos melhores guerreiros (por exemplo, a lança feita de ossos de mamute do filme 10.000 BC), pode ser semelhante a usar terno e gravata dos executivos, políticos, etc. Todavia, os contextos sociais são muitíssimos diferentes. Hoje em dia jóias, roupas, sapatos e até o tipo de bebida alcoólica em sua mesa podem identificar quem você é, ou pelo menos levantar hipóteses bastante fantasiosas.
A grande maioria de nós acha que as pessoas de poder (isso quer dizer hoje, muito dinheiro) irão aparecer entre nós vestidas de forma diferente com acessórios de beleza inatingíveis aos comuns, por exemplo, com relógios Rolex.
Isso é um tipo de estereótipo das massas incorporado pelo que chamamos "classe média alta" e nos “novos ricos” (ambas classificações equivocadas). Afirmar-se e incorporar uma posição social baseada em quinquilharias extravagantes é reconhecidamente cafona... e tem o efeito contrário, demonstra a origem de dificuldades financeiras, a pobreza que não saiu dos desejos das coisas supérfluas.
Por exemplo, quando homens comuns caricaturam mulheres de posse, normalmente os cartoons são assim:
Pura ilusão... semelhante às paredes das borracharias e propagandas de bebidas alcoólicas! Segundo Conniff (2004): “Com freqüência, as pessoas que estão no alto da hierarquia são seguras demais para sentir qualquer ameaça, ou espertas demais para demonstrarem o que sentem. (...) A exibição pode perder status, na verdade, na medida em que seja compreensível para as massas ignaras. (...) As melhores exibições são feitas numa linguagem privada, que só é conhecida por outros milionários. Uma mulher elegante pode usar um broche que, para a maioria dos olhos, parece ser aço. Mas as pessoas certas saberão que, na verdade, a dona do broche foi comprá-lo em Paris, numa lojinha da Place Vendôme que parece falida, com veludo malva desbotado nas vitrines e nenhuma jóia à mostra, nem tão pouco qualquer letreiro, exceto pela gravação ‘J.A.R.’s’ em vidro espelhado no alto. Ali numa escrivaninha coberta de couro azul surrado, um joalheiro chamado Joel A. Rosenthal tem encontros privados com as mulheres mais ricas do mundo e exerce a arte singular de dar a platina à aparência do aço, e de fazer safiras cor-de-rosa passarem por ametistas corriqueiras. Seu trabalho é tido como arte, mas só as outras pessoas capazes de pagar por ele adivinhariam que uma peça típica pode sair por 30 mil dólares. (...) Surge uma tendência a excluir do sistema os componentes mais baixos da população, até como espectadores cujo aplauso ou humilhação se deve buscar. Ou seja, para os ricos querer impressionar um estranho na rua faz tão pouco sentido quanto um pavão querer impressionar um cachorro” (Conniff, R., 2004: 208-209. A História natural dos ricos. Editora Jorge Zahar).
De cima para baixo na hierarquia, nossos símbolos obedecem às modas que sucedem às gerações e ao tempo. Seu automóvel, o tipo de relógio que usa, o tênis, o jeans desbotado, o celular... a caneta tinteiro de prata, quando tudo isso possui as “marcas certas”, estarão em uma sintonia de detalhes minimamente observados, desejados e invejados!!!
Um pequeno parêntese: quero deixar claro que não considero crime algum comprar coisas de qualidade. Um bom automóvel é equivalente a uma ótima guitarra, seus preços às vezes refletem os materiais de boa qualidade, tecnologia e mesmo os impostos. O problema para mim está nos extremos, como uma guitarra de ouro (sem função alguma, apenas exibição). Além disso, algumas pessoas parecem enlouquecer, ver suas felicidades dependerem dessas coisas... Elas mesmas se transmutarem nessas coisas, ou melhor, se tornarem escravas delas.
Entre a manifestação de sentimentos negativos de desejo das coisas está a inveja do sucesso e posses de outros. Nesta semana li uma reportagem curiosa e muito interessante na Revista Isto É, cujo título diz tudo: “INVEJA DESVENDADA: pesquisa revela que esse sentimento é processado na mesma região cerebral que a dor física”. Segundo as pesquisas divulgadas nessa reportagem "a inveja é uma emoção dolorosa [física e fisiologicamente falando] e além da insegurança, a baixa auto-estima, o sentimento de incapacidade e a sensação de injustiça são características comuns aos invejosos. É um sentimento muito antigo, que está lá em nossa psique ancestral. Quando isso é positivo fica na esfera da admiração, mas nos casos negativos podem ser bastante destrutivos. Uma pessoa invejosa e hostil quando não consegue ser igual ao objeto da inveja, ou tiver o que ele tem, parte para cima do invejado com a intenção de derrubá-lo. É como se pensasse “se eu não posso ter, você também não terá”. Nesse jogo vale tudo: calúnias, armações, perseguições e, em casos mais extremos, o desejo de morte (Jordão, C. e Rabelo, C., 2009: 68-73. Revista Isto É. 3 JUN/ ano 32, no. 2064).
Click e assista:
Coisas, pessoas e seus símbolos estão misturados em nosso dia a dia e se vivemos em uma era dos extremos, isso sempre estará exagerado e sem medidas reais. Uma luta de classe e revoluções são compreensíveis mediante o sistema de exclusão social em que vivemos. Entretanto, ser agredido fisicamente, ou até assassinado por causa de um "tênis da moda" é algo fora do comum. De certo, temos exemplos clássicos na literatura como o assassinato de Déagol por Sméagol em "O Senhor dos Anéis". Mas, o anel da discórdia (a coisa desejada) entre esses personagens era mágico e poderoso, a inveja e o assassinato de Déagol não podem ser comparados a matar alguém por causa de um "tênis" na vida real:
Não gosto desses programas de fim de tarde sobre "rinhas familiares", entretanto, sobre essa categoria de coisas de consumo tenho a mesma opinião da Regina Volpato:
Por isso é muito importante sempre ter em mente o verdadeiro significado das coisas.
Concluiu estágio pós-doutoral (2006) sobre ecologia de endoparasitas pulmonares de vertebrados pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), doutorado (2003), mestrado (1999) e bacharelado (1996) em ciências biológicas (zoologia) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Atualmente é Professor Associado da Universidade Regional do Cariri - URCA, desenvolve pesquisas com parasitologia de animais silvestres e sobre etnozoologia dos hospedeiros estudados (anfíbios e répteis).
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